20/10/2013

Palavra do mago Eghon Rá-Horakhty: "Eu acredito na energia da Vida."

Ao longo dos meus 39 anos nesta atual encarnação, sempre fui um "buscador" do conhecimento espiritual. Sempre estive, de alguma forma, buscando a conexão e, assim, comprender as questões da Espiritualidade. Em todos estes anos, a Vida sempre me deu "sinais" que, aos poucos, superando as dificuldades da matéria carnal, fui conseguindo enxergá-los, um a um, e pude compreendê-los. Em síntese, as experiências já vivenciadas por mim até o hoje, o agora, mesmo que experiências "ruins", "malígnas" ou "dolorosas" - aliás, principalmente estas experiências "negativas" - estão fazendo-me compreender o que a Vida quer (ou sempre quis) de mim, em todos os aspectos do "viver".

S.S.W. Mago Eghon Rá-Horakhty (Terry Marcos Dourado)

Quando criança, segundo me falaram (risos), eu dizia que queria ser padre, tamanho era meu encanto pelos paramentos (batina e demais acessórios) que os sacerdotes católicos usam. De repente, talvez, este, foi um dos primeiros "sinais" da minha "bruxice" (risos). Fui crescendo e tornando-me cada ves mais admirador de rituais, principalmente aqueles que usam vestimentas "diferentes" ou especiais e uma musicalidade contagiante (como ocorre nas festas de candomblé, por exemplo).

Uma das coisas mais importantes de minha vida é que, mesmo sendo criado em lar católico e tendo minha querida e saudosa avó-materna como evangélica da Igreja Presbiteriana, nunca fui "treinado" ou instigado ou "programado" para tornar-me um ser humano intolerante para com a diversidade ou a pluralidade religiosa. Nunca fui e nunca serei um intolerante ou fundamentalista religioso, pois creio que pessoas assim são retrógradas e extremamente nocivas às sociedades do mundo moderno. Cito, como exeplo de nocividade, as consequências terrívels - até mesmo mortais - de fundamentalistas religiosos, sobretudo do meio evangélico, contra pessoas LGBT (lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais). Estes fundamentalistas incitam seus seguidores ao ódio, à praticarem a exclusão social e, até mesmo, contribuem para a crescente onda de violências físicas, morais, psicológicas e letais contra estes grupos sociais. Nesse sentido, a Religião Wicca é uma das poucas que pratica o verdadeiro amor universal, a verdadeira fraternidade universal e, assim, promove um carinhoso e caloroso acolhimento a todas as pessoas, sem quaisquer distinções.

Entendo que religião - ou religiosidade - deve ser a expressão máxima do amor incondicional. Deve ser a prática constante do bem, do amor, da caridade, do perdão e da tolerância. Somente assim, sem cobranças, sem inquisições, sem terrorismos, sem manipulação ou escravização mental, sem condenações ao inferno ou a qualquer coisa ou lugar (...) tudo acontecendo e sendo praticado de forma natural, verdadeira e espontânea, conseguiremos sentir e vivenciar a verdadeira Luz Divina que ainda estamos a descobrir lá nas profundezas de nossas almas, enquanto seres criados pela Divindade que, na Wicca, está representada pela dualidade "personificada" da Deusa (Deusa-Mãe, a Natureza) e do Deus (Cernnunnos, equivocadamente e mentirosamente considerado o "Diabo").

No quesito "Espiritualidade", o ano de 1997 foi o divisor de águas em minha vida. No ano anterior, ainda em 1996, aos 22 anos, após graduar-me como bacharel em Direito, abandonei uma excelente vida material, abdiquei de uma ótima proposta profissional que me daria estabilidade profissional e um bom salário como funcionário público federal, e segui meu coração, ou "o chamado" do meu coração. Á época, fui duramente criticado pela família que não entendeu - e até hoje não consegue entender - a mudança radical que fiz em minha vida. Deixei minha cidade-natal, Jataí, na região sudoeste do Estado de Goiás, para ir morar na capital, Goiânia, a cerca de 320 quilômetros, uma aventura que hoje - 17 anos depois - somente eu compreendo, pois somente eu sinto dentro de mim, que não foi uma "simples aventura", mas o meu atendimento "ao chamado" que, hoje, eu sei que ali em outubro de 1996 estava iniciando a minha preparação, árdua e misteriosa preparação, com o objetivo de tornar-me naquilo que hoje sou: um sumo-sacerdote wiccano.

Antes, enquanto eu na condição de "buscador" ou "peregrino" espiritual buscava a minha verdade, o meu propósito espiritual, conheci vários segmentos religiosos, experimentei várias doutrinas, desde a Igreja Católica, passando pela Igreja Presbiteriana do Brasil (onde estive por uns 12 anos, acompanhando minha saudosa avó-materna), até conhecer os vários modelos do Espiritualismo (Umbanda, Candomblé e o Espiritismo que o povo chama de "Kardecismo"). Quando descobri-me "médium espírita" (eu prefiro o rótulo de "médium espiritualista" para não abitolar-me somente ao Kardecismo), somente aí eu consegui sentir que o "vazio espiritual" em mim começava a ser preenchido, e que o "véu da ignorância" começava a ser retirado dos olhos de meu espírito. Em síntese, eu começava a compreender minha missão espiritual.

Repentinamente, fenômenos espiritualistas começaram a acontecer comigo, ou a se manifestar em mim. Aliás, eu descobri que isso já acontecia ainda mesmo na minha infância, após os meus sete anos de vida. Lembram que eu disse, no início deste texto-narrativa que a Vida sempre me deu "sinais" e que, aos poucos, eu os fui compreendendo? Então?!. Passei anos estudando a mediunidade e suas manifestações. Antes, já havia lido a Bíblia Cristã (católica e evangélica) e também o Evangelho de Jesus Segundo o Espiritismo, de Allan Kardec (aliás, tenho e li todas as obras basilares da Doutrina Espírita, decodificadas por Allah Kardec). Tudo isso (e muitas outras coisas que aqui vou omitir pra não tornar o texto mais extenso do que já está sendo) contribuiu para meu aprendizado de hoje, aliás, contribuiu para o meu "burilamento" espiritual. Creio, e sempre tive provas irrefutáveis, de que "nada na vida acontece por acaso". Então?!....

Voltando ao ano de 1997, já em Goiânia, conheci a jovem Lenira "de Tal" (omito propositalmente o sobrenome, pois perdemos nossos contatos físicos e não tenho autorização para identificá-la em meu texto). Foi através da Lenira, à época, uma jovem bruxinha, que eu ouvi pela primeira vez a palavra "Wicca". Também foi com Lenira, que comecei a ter as primeiras informações sobre esta fascinante religião. Lenira presenteou-me com dois livros importantes, que abriram diante de mim mais este portal do conhecimento espiritual chamada Wicca, são eles: "Magia Natural - Rituais e Encantamentos da Tradição Mágica" (Scott Cunningham, Editora Gaia/Alemdalenda); e "A Linguagem das Velas - Receituário Mágico" (Hanna M. Giménez e Javier Tapia R. - Editora Pensamento). Hoje, 16 anos depois, e por tudo que passei, enfrentei, vivenciei e aprendi no transcorrer deste período, tornei-me no sumo-sacerdote wiccano Eghon Rá-Horakhty, o qual, em outro texto irei descorrer profundamente sobre este despertar espiritual e, principalmente sobre o perfil do Eghon Rá-Horakhty.

Hoje, eu digo às pessoas: "Por que sou um wiccan?", "Por que sou um sumo-sacerdote wiccano?" "Por que eu sigo e pratico a Religião Wicca?" - A resposta é única e simples: "Porque a Wicca é a Vida. Porque a Wicca celebra a Vida. Porque a Wicca é o viver a vida com liberdade à caminho da felicidade plena e da Luz Divina." - Na condição de seres da Natureza, mesmo que seres imperfeitos, somos partículas da Grande Deusa e do Grande Deus - criadores do Universo, de todos e de tudo que há. Então, a Deusa e o Deus habitam em mim e, a "vivência Wicca", suas lições, suas práticas no dia-a-dia colocam-me em conexão direta com a Espiritualidade-Maior (a Deusa e o Deus) e todos os deuses dos panteões com os quais nos afinizamos e nos sintonizamos, principalmente o Panteão Egípcio onde, o Deus Rá (o Sol) é a nossa personificação-mor, afinal, Terry Marcos Dourado - o Eghon Rá-Horakhty - nesta atual encarnação, nasceu em 19 de julho, data que, no horóspoco egípcio, é regida pela energia de "Rá". Eis aí mais um dos "sinais" da missão espiritual hoje abraçada e realizada por mim, Terry Marcos Dourado, como Eghon Rá-Horakhty.

Antes de conhecer e vivenciar a Wicca, eu havia despertado para uma realidade factual e lamentável: todas as religiões pelas quais passei anteriormente (à exceção da Umbanda e do Candomblé), são religiões que "amputam" todas as chances de felicidade e verdadeiro bem-estar interior. São religiões onde "é proibido rir, ou sorrir" e, consequentemente, é proibido manifestar a verdadeira alegria e o verdadeiro bem-estar interior. São religiões condenatórias, inquisitórias, extremamente moralistas (algumas até pseudomoralistas). São religiões onde o Deus para o qual professam suas fés, é um Deus que pune, que não perdoa, impiedoso, que condena, que nos pune até mesmo nos mandando para o inferno... 

Eu não quero um Deus que amputa meus sentimentos. Eu não quero um Deus que me ameace e me obrigue a viver "assim ou assado", senão vou sofrer penas eternas, vou para o inferno!... Não! Eu quero servir, dedicar e venerar quem não me ameaça, não me tolha, não me ampute. Quero estar sempre em conexão com Deuses que me permitam viver a plenitude das liberdades física e espiritual e, consequentemente, que me ensinem e me permitam ser plenamente feliz e estar plenamente em paz e iluminado. E isso, eu só encontrei na religião Wicca que me ensina e me permite conectar comas salutares e benígnas energias da Vida. Afinal, como um todo, eu acredito na energia da Vida.

Blessed Be! - Abençoad@s Sejam, hoje e sempre!


S.S.W. MAGO EGHON RÁ-HORAKHTY
Sumo-Sacerdote Wiccano
Coven Círculo Sagrado de Hórus
Tradição Horística dos Sagrados Mistérios Egípcios